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Qual é a melhor escola para o meu filho?

  • Foto do escritor: Ligia Lilla
    Ligia Lilla
  • 27 de nov. de 2024
  • 6 min de leitura

Atualizado: 19 de out.

Muitas pessoas me perguntam qual é a melhor escola para matricular uma criança nos dias de hoje. A resposta para esta questão não é tão simples, uma vez que exige a observação de aspectos específicos que envolvem a dinâmica familiar e o perfil do estudante. Muitas vezes, pautar-se somente na opinião dos amigos pode não ser o suficiente.


Fique comigo até o final e confira oito dicas valiosas para tomar a melhor decisão.


Dica número 1: Logística (tempo x distância)

Verifique a distância que precisará percorrer para deixar o seu filho na escola e o tempo disponível que você terá para fazer isso. Muitas vezes os pais levam as crianças à escola antes de ir para o trabalho e é necessário ter em mente que existem variações entre os horários de funcionamento de diferentes escolas. Além disso, se você irá a pé, se utilizará transporte público ou se precisará encontrar um local para estacionar... cada detalhe influenciará no tempo total desta tarefa. Lembre-se: você ainda possui outros compromissos após esta missão.


Encontrar uma escola pertinho de casa pode ser um verdadeiro sonho, mas nem sempre "o plano perfeito" acontece (sendo realista, quase nunca acontece). Existem variações nos horários de chegada e saída das escolas, além de instituições que oferecem horário parcial ou integral, com ou sem atividades extras no mesmo local. É preciso pensar não só na logística do início, mas também no final do dia, assim como no tempo total de permanência da criança.


Dica número 2: Segurança (interna e externa)

A chegada e a saída da escola precisam acontecer de maneira tranquila. É importante que exista sempre alguém da escola disponível para receber quem chega. Afinal, os pais costumam ter a atenção voltada para as crianças nesta hora. É preciso ter cautela com portas de carros abrindo e fechando, movimento de bicicletas, motos e pessoas transitando.


Dentro da escola, o olhar deve ser outro. Observe se há telas de proteção em todas as janelas e vãos das escadas, se há corrimão para o apoio de todos, adultos e crianças, para subir e descer, se os móveis são arredondados ou possuem proteção nas quinas, se há piso emborrachado nas áreas destinadas aos pequenos e principalmente... se os espaços são limpos.


Pergunte sobre os procedimentos adotados em caso de emergências médicas que podem acontecer dentro da escola, se há algum treinamento periódico de primeiros socorros para a equipe, se há convênio com alguma empresa externa em casos de emergência, se a escola ministra medicamentos enviados pelos pais ou não... acredite, emergências acontecem e é melhor evitar surpresas desagradáveis na hora do problema.


Informe-se sobre possíveis sistemas de segurança por câmeras e se os pais podem ter acesso ou não. Muitas vezes, apenas a presença das câmeras já inibe muitas ações desagradáveis e, mesmo que os pais não tenham acesso direto, isso permite que a escola mantenha a atenção redobrada, tanto na parte externa como na parte interna do estabelecimento.


Dica número 3: Espaço físico

O lugar é uma gracinha por fora, mas "um aperto só" por dentro. Reflita sobre o tempo de permanência da criança na escola e se haverá a possibilidade de deslocamento para as crianças. A movimentação ampla é importantíssima para o desenvolvimento dos nossos pequenos e o espaço é fundamental para isso. Ficar confinado, além de não incentivar a mobilidade e o desenvolvimento motor, também pode gerar estresse nas crianças e nos profissionais.


Não adianta o local ter um berçário lindo se o seu filho não vai passar por lá. Assim como, não adianta ter uma área esportiva incrível e uma área baby deficiente se este for o espaço frequentado pelo seu pequeno. Visite os banheiros, olhe tudo! Pense no que é importante para você.


A ideia é uma escola em horário integral ou meio período? Procure saber se existe algum horário e espaço reservado para o descanso das crianças, se as salas são bem ventiladas e se há alguma diferença para a opção de horários de escolaridade (algumas escolas organizam pequenos grupos, separando as crianças que optam pelo horário integral para atividades específicas. Procure saber como funcionam as dinâmicas dentro da escola e quais são as escolhas que você poderá fazer.


Dica número 4: Alimentação

Procure saber como funciona o cardápio da escola. Mesmo que o seu filho não possua nenhuma restrição alimentar, é importante ter certeza de que ele se alimentará bem. Caso exista alguma restrição, é necessário garantir que todas as necessidades específicas sejam respeitadas, todos os dias.


Peça para visitar a cozinha/o refeitório, converse com a nutricionista, informe-se sobre os custos das refeições (se fazem parte da mensalidade escolar ou não), pergunte sobre a possibilidade de enviar o lanche separado, caso seja o melhor para o seu filho.


Se você precisa deixar o seu bebê em uma creche, pergunte também sobre os procedimentos para envio, conservação e descongelamento de leite materno (ou como proceder para o envio de fórmula). Afinal, você não vai querer ver toda a sua dedicação com a ordenha ou todos os cuidados para a conservação da fórmula, indo pelo ralo.


No caso de crianças maiores, procure saber se há alguma cantina para a compra de lanches rápidos dentro na escola e verifique se as opções estão alinhadas ao que você considera adequado para a sua família. Pergunte se há a possibilidade de carregamento de cartões com valores predeterminados para uso na escola ou se as crianças podem levar dinheiro.

Dica número 5: Visite

Não é preciso pagar ingresso para visitar escolas. Aproveite! Somente visitando o local você poderá observar tudo o que acha necessário. Pergunte tudo o que você quiser (sem medo de ser feliz) e tudo o que julgar relevante para que possa sentir segurança. Permitir que uma instituição esteja responsável pela educação e pelos cuidados com o seu filho é uma escolha muito importante e uma grande responsabilidade. Você precisa sentir confiança na decisão que está tomando.

Dica número 6: Adaptação e Acolhimento

Informe-se sobre as normas internas adotadas pela escola durante o processo de adaptação das crianças. Procure saber quanto tempo a escola considera para que a criança possa ser considerada "adaptada" ao local e aos funcionários. Normalmente, as escolas costumam ser flexíveis e informam que "isso depende de cada criança", mas os profissionais costumam ter uma ideia aproximada.


O processo de adaptação pode ser uma verdadeira "caixinha de surpresas". Algumas crianças reagem muito bem e passam rapidamente pelo processo, outras crianças podem demorar um pouco mais, com possíveis episódios de choro. Além disso, é preciso ter atenção ao comportamento da criança, que poderá ser diferente de acordo com a idade.


A adaptação precisa ser tratada com muito carinho pelas famílias e profissionais, uma vez que muitos fatores podem influenciar, como por exemplo: mudança do ambiente familiar, crianças e profissionais desconhecidos, afastamento da família, percepção da insegurança ou tristeza dos pais... (são tantos fatores que podemos até continuar em um novo post).


Agora, atenção: se a escola não possui nenhuma organização nem permite a entrada dos pais na escola (considerando crianças pequenas), no período de adaptação, fuja! Eu mesma visitei um local onde a proposta era entregar o meu bebê, na época com 6 meses de idade, na porta da escola e ir embora, sem nenhuma adaptação ou transição, com a justificativa de que "é normal os bebês chorarem mesmo". Nem preciso dizer que nunca mais voltei ao local.


Observe tudo, mas não esqueça de observar se você também está sentindo o acolhimento que merece como responsável. Você deve perceber que as suas preocupações são validadas de maneira respeitosa. Muitas vezes, a ansiedade dos pais é fruto da insegurança sentida ao deixar os filhos em um local novo. Não tenha vergonha de perguntar. Lembre-se de que os pais também merecem um colinho de vez em quando e uma coordenação experiente entenderá este processo.

Dica número 7: Reputação

Verifique a reputação da instituição selecionada, como é o relacionamento com as famílias, se algum conhecido sabe algo a respeito e os porquês por trás das opiniões emitidas. Uma busca na internet pode lhe auxiliar neste processo, pois muitas escolas contam com um perfil virtual onde os pais adicionam comentários. Obviamente você não tomará a sua decisão baseada apenas em comentários, conforme indicado no início deste post, porém ouvir ou ler um pouco sobre a opinião de pessoas que conhecem a instituição pode ajudar muito em sua decisão final.

Dica número 8: Metodologia e valores

Com o passar do tempo, o mercado educacional avançou muito. Hoje, é possível encontrar diversas escolas, com os mais variados perfis. Porém, tenha cuidado: nem sempre a escola "mais famosa" ou a "mais cara" será a melhor escolha para a sua família. 


Escolher uma escola porque "todos os vizinhos estão matriculados lá" está longe de ser um determinante de felicidade. Não adianta nada fazer uma escolha desatenta, sem conhecer os detalhes sobre a filosofia, os valores ou a metodologia da escola e depois ficar brigando para mudar a estrutura da instituição.


Pense em seus valores, se você imagina a sua criança desenvolvendo um olhar ecológico, sendo preparada em um ambiente tecnológico e/ou desenvolvendo suas potencialidades esportivas, pergunte-se sobre o sentimento de pertencimento que a sua criança precisará sentir neste espaço, se será um espaço inclusivo, considerando as reais capacidades e limitações de cada criança, se você pretende inserir os seus filhos em um ambiente competitivo ou não, com um direcionamento religioso ou não, se pretende optar pelo ensino de uma língua estrangeira ou não. Enfim, trata-se de uma decisão pessoal e deve levar em conta os aspectos que são importantes para a sua família.


No final das contas, se mesmo depois de avaliar tudo isso você se arrepender da sua escolha inicial, mude! Afinal de contas, é errando que aprendemos e sempre há tempo para buscar um novo caminho.


Boa sorte!





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